Sabado, dia 03 de Setembro de 2011
Sábado da 22ª semana do Tempo Comum
Santo do dia : S. Gregório Magno, Papa, Doutor da Igreja, +604
Santo Agostinho : «Recorda-te do dia de sábado, para o santificar» (Ex 20,8)
Evangelho segundo S. Lucas 6,1-5.
Num dia de sábado, passando Jesus através das searas, os seus discípulos puseram-se a arrancar e a comer espigas, desfazendo-as com as mãos.
Alguns fariseus disseram: «Porque fazeis o que não é permitido fazer ao sábado?»
Jesus respondeu: «Não lestes o que fez David, quando teve fome, ele e os seus companheiros?
Como entrou na casa de Deus e, tomando os pães da oferenda, comeu e deu aos seus companheiros esses pães que só aos sacerdotes era permitido comer?»
E acrescentou: «O Filho do Homem é Senhor do sábado.»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja
O Génesis em sentido literal, 4, xiii/24-xiv/25
«Recorda-te do dia de sábado, para o santificar» (Ex 20,8)
Agora que estamos no tempo da graça que nos foi revelada, a observância do Sábado, antigamente simbolizada pelo repouso de um único dia, foi abolida para os fiéis. Com efeito, neste tempo de graça, o cristão observa um Sábado perpétuo, se fizer todo o bem que faz na esperança do repouso que há-de vir e se não se gloriar das suas boas obras como se fossem um bem que tivesse por si mesmo, e não de algo que tivesse recebido.
Assim, compreendendo e recebendo o sacramento do baptismo como um Sábado, quer dizer, como o descanso do Senhor no Seu Sepulcro (Rm 6,4), o cristão repousa das suas obras para caminhar, desde então, numa vida nova, reconhecendo que Deus actua nele. Deus é que repousa e age em simultâneo, por um lado concedendo à Sua criatura a gestão que lhe convém e, por outro lado, usufruindo em Si mesmo de uma tranquilidade eterna.
Nem Deus Se cansou ao criar o mundo, nem refez as Suas forças deixando de criar, mas quis, através destas palavras da Sua Escritura [«Deus repousou, no sétimo dia» (Gn 2,2)], convidar-nos a desejar o repouso, dando-nos o mandamento de santificar esse dia.
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